As normas de boas práticas em biossegurança
12 de dezembro de 2018A mandíbula, um osso em forma de U, sustenta os dentes inferiores e constitui o esqueleto facial inferior, ele não tem ligamentos ósseos com o crânio. É sustentada abaixo da maxila por músculos, ligamentos e outros tecidos moles que, assim proporcionam a mobilidade necessária para que a mandíbula funcione em conjunto com a maxila.
A área onde a mandíbula se articula com o osso temporal do crânio é chamada de articulação temporomandibular (ATM), certamente uma das articulações mais complexas do corpo. Ela proporciona um movimento de dobradiça em plano e, dessa forma, pode proporcionar movimentos de deslizamento. A ATM é formada pelo côndilo mandibular e pela fossa mandibular do osso temporal, na qual está posicionado. O disco articular se posiciona entre eles e separa esses dois ossos da articulação direta. O disco articular é composto por tecido conjuntivo fibroso, na maior parte desprovido de vasos sanguíneos e fibras nervosas. A periferia extrema do disco, entretanto, é ligeiramente inervada.
A ATM é uma articulação extremamente complexa. O fato de que existem duas ATMs conectadas ao mesmo osso (a mandíbula) complica ainda mais o funcionamento de todo o sistema mastigatório. Embora cada articulação possa, simultaneamente, realizar uma função diferente, uma não pode agir sem influenciar a outra.
Quando há alguma alteração no funcionamento de todo esse complexo sistema, pode-se dizer que o paciente apresenta uma disfunção temporo mandibular (DTM). Os sintomas mais comuns é a dor na articulação e nos músculos ao redor dela. Outros sintomas associados a esses distúrbios são: dificuldade, dor ou limitação para abrir ou movimentar a boca, ruídos na ATM, cefaléia (dor de cabeça), cansaço nos músculos da face, dor de ouvido, zumbido, rigidez e travamento nos músculos da mandíbula, mudança no posicionamento da mandíbula alterando o encaixe dos dentes superiores com os inferiores (chamado de má oclusão), os sintomas podem aparecer em apenas um lado da face ou em ambos.
Existem fatores que podem desencadear, perpetuar e contribuir para que a dor e disfunção se apresente. Alguns destes fatores são: trauma, estresse emocional, apertamento constante dos dentes, má oclusão, hábitos como mascar chicletes, roer unhas e até predisposição genética para dores crônicas, dentre outros.
Os tratamentos de escolha nos dias atuais são conservadores e apresentam excelentes resultados, como autocuidados, medicação, placa de mordida, fisioterapia, etc. Em uma pequena porcentagem de casos onde há alterações específicas nas ATMs, a cirurgia pode ser indicada. Entretanto é importante lembrar que é fundamental um correto diagnóstico já que a maioria das DTMs apresentam envolvimento muscular com indicação de tratamentos conservadores.